domingo, 30 de septiembre de 2007

Terra esquecida...


Imagino uma casa envelhecida pelo tempo na sua própria simplicidade, um lugar onde os sonhos chegam com a última luz, a esperança com cada amanhecer e onde a virtude se veste de branco.

Oculto no seu interior um vácuo repleto de fantasias, olhares perdidos no mar da ingratidão, homens que sentem medo do seu próprio destino, crianças ignoradas pela inocência e mulheres que amargam a sua vida com dor.

Que viva nela a ingratidão, o ódio e o desconsolo, que se cubram as suas paredes com frágeis ideias de justiça, que se tapem com um manto de lágrimas perdidas e aí encontraremos o desconsolo de terras esquecidas.

Assim como o vento cruza o espaço, mostra-se a alegria, fugaz, passageira, desolada de um lugar marcado pela necessidade.

Quem marca a distância que nos separa do Amor?

Qual é o limite que alcança um choro?

Onde se mede o peso de um sonho?

Que dentro dos corações se crie a resposta que nos conduz à misericórdia ao forte desejo de ser livres, a digna esperança de poder viver!

Orlando Martins

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