domingo, 30 de septiembre de 2007

Obrigado

Obrigado Ana por guardar durante tanto tempo no teu Blog estas minhas palavras...

Beijo com saudade,

Orlando Martins

Descobre a maneira de sentir...


Assim como o gelo arrefece a terra, os teus olhos arrefecem corações, as tuas palavras apagam esperanças e as tuas mãos roubam sonhos. Corre nas tuas veias o desalento de uma vida que gira à volta do ódio, um mundo, o teu mundo que só dá lugar aos ignorantes cuja capacidade de amar apenas se mostra onde a dor afasta da felicidade e onde um espírito marcado pelo rancor reina por cima de ti. Procuras o teu caminho apoiando-te numa escala de valores irreal que rege um mundo ilusório, em que só a incapacidade do extremismo é capaz de sobreviver. Avanças num universo paralelo à liberdade, inalcançável para o amor, do qual ninguém te pode retirar e onde só a sem razão dos teus ideais te mantêm dentro. Essa será a decadência dos mesmos que o tentem sentir… simplesmente isso, sentir. A ti, a ti me dirijo. Alguma vez sentiste o aroma de um sonho? Já tentaste levantar uma esperança? Alguma vez sentiste o sabor da infância ou sentiste o prazer do amor de um beijo? Então fá-lo porque só assim desfrutas da vida por uns instantes, isso sim é a vida. O canto de um pássaro, o riso de uma criança, a carícia de uma mãe... Dons trazidos do céu directos ao coração de uma alma disposta a amar. Estás disposta? Disposta a amar, a sentir, a lutar, a querer, a compartir.... A VIVER?


Orlando Martins

Terra esquecida...


Imagino uma casa envelhecida pelo tempo na sua própria simplicidade, um lugar onde os sonhos chegam com a última luz, a esperança com cada amanhecer e onde a virtude se veste de branco.

Oculto no seu interior um vácuo repleto de fantasias, olhares perdidos no mar da ingratidão, homens que sentem medo do seu próprio destino, crianças ignoradas pela inocência e mulheres que amargam a sua vida com dor.

Que viva nela a ingratidão, o ódio e o desconsolo, que se cubram as suas paredes com frágeis ideias de justiça, que se tapem com um manto de lágrimas perdidas e aí encontraremos o desconsolo de terras esquecidas.

Assim como o vento cruza o espaço, mostra-se a alegria, fugaz, passageira, desolada de um lugar marcado pela necessidade.

Quem marca a distância que nos separa do Amor?

Qual é o limite que alcança um choro?

Onde se mede o peso de um sonho?

Que dentro dos corações se crie a resposta que nos conduz à misericórdia ao forte desejo de ser livres, a digna esperança de poder viver!

Orlando Martins